Modelo V em teste de software

✨ Conclusão principal: O Modelo V em testes de software garante que cada fase de desenvolvimento tenha uma fase de teste correspondente, melhorando a qualidade, reduzindo defeitos em estágio avançado e tornando-o ideal para projetos com requisitos estáveis.

Modelo V em teste de software

O que é V-Model em testes de software?

O Modelo V é uma metodologia de desenvolvimento de software que combina cada atividade de desenvolvimento com uma atividade de teste correspondente. Também é conhecido como modelo de Verificação e Validação. A estrutura se assemelha à letra "V", onde o lado esquerdo representa as atividades de desenvolvimento e o lado direito, as atividades de teste. Este modelo estende o modelo Cascata tradicional, abordando suas fraquezas, particularmente o foco tardio em testes.

No Modelo V, os testes são planejados em paralelo ao desenvolvimento, garantindo a detecção precoce de defeitos e a rastreabilidade clara entre requisitos e casos de teste. É amplamente utilizado em setores onde confiabilidade, conformidade e documentação completa são essenciais, como saúde, finanças e aviação.

Vídeo para entender o Modelo V em Engenharia de Software

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Exemplo para compreender o modelo V

Suponha que você tenha a tarefa de desenvolver um software personalizado para um cliente. Agora, independentemente da sua formação técnica, tente fazer um palpite fundamentado sobre a sequência de etapas que você seguirá para concluir a tarefa.

Exemplo para compreender o modelo V

A sequência correta seria.

Fases de Desenvolvimento de Software Atividades realizadas em cada etapa
Etapa de coleta de requisitos Reúna o máximo de informações possível sobre os detalhes e especificações do software desejado do cliente. Isso nada mais é do que a fase de coleta de requisitos.
Estágio de Design Planeje a linguagem de programação como Java, PHP, .líquido; banco de dados como Oracle, MySQL, etc. O que seria adequado para o projeto, também algumas funções e arquitetura de alto nível.
Estágio de construção Após a fase de design, vem a fase de construção, que nada mais é do que codificar o software
Estágio de teste Em seguida, você testa o software para verificar se ele foi construído de acordo com as especificações fornecidas pelo cliente.
Estágio de implantação Implante o aplicativo no respectivo ambiente
Estágio de manutenção Assim que seu sistema estiver pronto para uso, você poderá precisar alterar o código posteriormente, conforme solicitação do cliente

Todos esses níveis constituem o método cascata que acontecerá no marco da ciclo de vida de desenvolvimento de software.

Por que V-Model? (Problemas com Cascata)

O modelo tradicional em cascata concentra-se em etapas sequenciais, com testes somente após a conclusão do desenvolvimento. Essa abordagem frequentemente leva a correções caras e demoradas quando os erros são descobertos tardiamente. Problemas comuns incluem:

  • Descoberta tardia de defeitos.
  • Falta de validação dos requisitos até a fase final.
  • Maior custo de correção de defeitos.
  • Risco de entregar um produto desalinhado com as expectativas do usuário.

O V-Model resolve esses problemas incorporando testes em todo o ciclo de desenvolvimento, reduzindo riscos e melhorando a confiabilidade do software.

Problema com o modelo em cascata

Também o os custos de correção de um defeito aumentam ao longo do ciclo de vida de desenvolvimento. Quanto mais cedo no ciclo de vida um defeito for detectado, mais barato será corrigi-lo. Como se costuma dizer: “Um ponto a tempo salva nove”.

Solução: O Modelo V

Para responder a esta preocupação, o modelo V de teste foi desenvolvido, onde para cada fase do ciclo de vida de desenvolvimento, há uma fase de teste correspondente

Solução: O Modelo V

  • O lado esquerdo do modelo é o Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Software – SDLC
  • O lado direito do modelo é o Ciclo de Vida de Teste de Software – STLC
  • A figura inteira parece um V, daí o nome Modelo V

Além do modelo V, existem modelos de desenvolvimento iterativos, em que o desenvolvimento é realizado em fases, com cada fase adicionando funcionalidades ao software. Cada fase compreende seu próprio conjunto independente de atividades de desenvolvimento e teste.

Quais são as fases do V-Model?

O Modelo V consiste em duas fases principais:

Fase de verificação do modelo V (lado esquerdo do V)

A fase de verificação concentra-se na análise e no projeto do sistema antes do início da codificação. Ela inclui:

1) Análise de Requisitos de Negócios

A fase de Análise de Requisitos inicia o processo do Modelo V, capturando e documentando todos os requisitos funcionais e não funcionais. Durante essa fase, os analistas de negócios trabalham em estreita colaboração com as partes interessadas para entender suas necessidades, expectativas e restrições.

2) Projeto do Sistema

O design do sistema traduz requisitos em uma solução técnica de alto nível. ArchiOs projetos definem a arquitetura geral do sistema, incluindo requisitos de hardware, componentes de software, infraestrutura de rede e integrações de terceiros.

3) ArchiProjeto de Arquitetura (Design de Alto Nível)

O ArchiA fase de Projeto Tectural, também conhecida como Projeto de Alto Nível, divide o sistema em módulos ou componentes gerenciáveis. Esta fase estabelece padrões de projeto, frameworks e tecnologias a serem utilizados em toda a aplicação. 

4) Projeto de Módulo (Projeto de Baixo Nível)

 O Projeto de Módulos, ou Projeto de Baixo Nível (LLD), fornece especificações detalhadas para cada componente individual identificado na fase de arquitetura. Essa fase produz documentos de projeto detalhados, projetos de banco de dados, especificações de API e casos de teste unitários abrangentes.

5) Codificação

A Fase de Codificação representa a implementação efetiva dos módulos projetados. Os desenvolvedores escrevem o código seguindo os designs detalhados, os padrões de codificação e as melhores práticas estabelecidas pela organização. Esta fase fica na base do V, marcando a transição do design para os testes. Revisões de código, análises estáticas e práticas de integração contínua garantem a qualidade do código desde o início.

Fase de Validação do Modelo V (lado direito do V)

A fase de validação confirma que o software desenvolvido atende aos requisitos e expectativas. Ela inclui:

1) Teste de unidade

Teste de Unidade valida módulos ou componentes individuais isoladamente, garantindo que cada trecho de código funcione corretamente, de acordo com seu projeto detalhado. Esta fase se concentra na cobertura do código, condições de contorno, tratamento de erros e verificação lógica. 

2) Teste de Integração

Teste de integração verifica se os diferentes módulos funcionam corretamente em conjunto, validando as interfaces e interações definidas no projeto arquitetônico. Esta fase testa o fluxo de dados entre os módulos, chamadas de API, interações com o banco de dados e mecanismos de transmissão de mensagens. 

3) Teste de Sistema

Teste do sistema valida o sistema integrado completo em relação às especificações de projeto do sistema. Esta fase abrangente de testes avalia requisitos funcionais e não funcionais, incluindo desempenho, segurança, usabilidade e compatibilidade.

4) Teste de aceitação do usuário (UAT)

Teste de aceitação, Também conhecido como Teste de Aceitação do Usuário (UAT), valida se o sistema atende aos requisitos de negócios e está pronto para implantação. Esta fase se concentra em processos de negócios, fluxos de trabalho do usuário e cenários do mundo real, em vez de especificações técnicas. 

Cada etapa de desenvolvimento se alinha a uma etapa de teste. Essa combinação estruturada promove a rastreabilidade e a identificação precoce de defeitos.

  • Requisitos ↔ Teste de aceitação
  • Projeto de Sistema ↔ Teste de Sistema
  • ArchiDesign de Estrutura ↔ Teste de Integração
  • Design de Módulo ↔ Teste Unitário

Princípios do Modelo V

O Modelo V é baseado em vários princípios fundamentais:

  • Grande para Pequeno:Os requisitos evoluem de alto nível para detalhados, e os testes refletem isso.
  • Rastreabilidade:Cada requisito é mapeado para um caso de teste correspondente.
  • Teste Inicial:As atividades de teste começam assim que os requisitos são definidos.
  • Foco na documentação:Cada estágio produz resultados para revisão e referência.
  • Global: Aplicável a projetos pequenos e grandes com requisitos estáveis.

Vantagens do modelo V

  • Encorajar detecção precoce de defeitos, reduzindo custos e retrabalho.
  • Fornece uma estrutura clara vinculando requisitos com atividades de teste.
  • Promotes melhor comunicação entre desenvolvedores e testadores.
  • Garante entregas de alta qualidade por meio de validação rigorosa.
  • Útil para projetos críticos de segurança ou com alta conformidade.

Desvantagens do V-Model

  • Rígido e inflexível, tornando as mudanças dispendiosas quando o processo começa.
  • Não adequado para projetos complexos ou iterativos.
  • Depende muito de requisitos bem definidos e estáveis.
  • Uso intensivo de recursos devido à extensa documentação e planejamento paralelo.
  • Adaptabilidade limitada comparado aos modelos ágeis ou iterativos.

V-Model vs Agile: Escolhendo a Abordagem Certa

Enquanto o Modelo V enfatiza fases estruturadas com verificação e validação rigorosas, o Agile foca no desenvolvimento iterativo e na adaptabilidade. O Modelo V é ideal quando os requisitos são estáveis, a conformidade é rigorosa e a documentação é crítica. O Agile, por outro lado, é adequado para projetos com requisitos em evolução, colaboração frequente com o cliente e necessidades de entrega rápida. O Agile incentiva a integração contínua, o feedback e os testes iterativos, oferecendo flexibilidade, mas às vezes carecendo da previsibilidade do Modelo V. A escolha entre eles depende do contexto do projeto: domínios altamente regulamentados e críticos para a segurança favorecem o Modelo V, enquanto aplicações dinâmicas e orientadas pelo usuário se beneficiam da adaptabilidade do Agile. Em muitos casos, as organizações combinam ambas as abordagens para alavancar a garantia de qualidade estruturada com a responsividade do Agile.

Quando usar o V-Model na engenharia de software?

O modelo V é mais adequado para:

  • Projetos com requisitos estáveis.
  • Projetos de pequeno e médio porte com complexidade limitada.
  • Indústrias regulamentadas (saúde, aviação, bancos) que exigem documentação rigorosa.
  • Sistemas críticos de segurança onde a confiabilidade é fundamental.
  • Projetos com marcos claros e forte foco em testes.

Aplicações do V-Model no QA moderno

No cenário atual de QA, o V-Model é particularmente útil quando combinado com:

  • Teste de dispositivo real para descobrir problemas de hardware e rede.
  • Teste de regressão para garantir que as atualizações não interrompam a funcionalidade existente.
  • Teste de conformidade em finanças, saúde e aviação.
  • Automação de teste para acelerar testes unitários e de integração.

Adaptações modernas do V-Model enfatizam a automação e os testes contínuos, alinhando-se às práticas de DevOps.

Exemplos de aplicação do modelo V no mundo real

O modelo V é frequentemente aplicado em desenvolvimento de software para saúdePor exemplo, um sistema de registro eletrônico de saúde (EHR) deve estar em conformidade com regulamentações rigorosas, como a HIPAA. As fases de verificação garantem que os requisitos sejam coletados com precisão, enquanto as fases de validação, como testes de sistema e aceitação, confirmam a conformidade e a confiabilidade.

De acordo com o relatório indústria aeroespacialOs sistemas de controle de voo dependem do V-Model devido à sua natureza crítica de segurança. Cada fase do projeto é acompanhada de testes rigorosos, incluindo testes de sistema baseados em simulação e testes de aceitação do usuário, garantindo a confiabilidade antes da implantação.

In banca e finançasAplicações como sistemas de transações online se beneficiam do Modelo V. A rastreabilidade clara entre requisitos e testes reduz o risco de erros em processos financeiros sensíveis, onde até mesmo pequenos defeitos podem levar a perdas significativas.

Por último, sistemas embarcados em software automotivo, como módulos de controle de airbag, frequentemente utilizam o Modelo V. A verificação e a validação rigorosas garantem que o sistema funcione conforme o esperado em todas as condições, minimizando riscos em cenários críticos de segurança.

FAQ

O Agile enfatiza o desenvolvimento iterativo e flexível com feedback contínuo, enquanto o Modelo V segue fases estruturadas e sequenciais com verificação e validação rigorosas antes de avançar.

O V-Model é amplamente utilizado em setores regulamentados, como saúde, aeroespacial, automotivo e bancário, onde confiabilidade, segurança e conformidade são extremamente importantes.

Os quatro níveis de teste são Teste Unitário, Teste de Integração, Teste de Sistema e Teste de Aceitação do Usuário, cada um mapeado para sua fase de desenvolvimento correspondente.

Sim. O Modelo V ainda é usado em setores que exigem documentação, rastreabilidade e conformidade rigorosas, embora seja menos comum em ambientes de software orientados à agilidade.

Os testes no Modelo V envolvem o alinhamento das fases de verificação com as de validação, a criação antecipada de casos de teste e a execução sequencial de testes de unidade, integração, sistema e aceitação.

Resumo

O Modelo V fortalece o desenvolvimento de software ao incorporar testes em todas as etapas do ciclo de vida. Seu foco na detecção precoce de defeitos, documentação estruturada e rastreabilidade rigorosa o torna ideal para projetos com requisitos estáveis ​​e alta necessidade de conformidade. Sua abordagem sistemática de verificação e validação, com atividades de teste paralelas a cada fase de desenvolvimento, garante entregas de alta qualidade quando os requisitos são estáveis ​​e bem compreendidos. Embora menos flexível que os modelos ágeis, continua sendo uma escolha confiável para aplicações críticas de qualidade.